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Guidha Cappelo é portuguesa, nascida em Angola,


de onde fugiu para escapar da guerra.


Na Bahia, encontrou na arte o meio de expurgar


de sua alma o sofrimento do seu povo,


desenvolvendo nos trabalhos sua mensagem de paz,


ora em reciclagem, ora em mandalas.


Matilde Matos – Crítica de Arte

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PRÓXIMOS TRABALHOS





Acho que este cantinho zen em que me encontro (Ilha de Itaparica) está me instigando a voltar às raízes...

Vira e mexe cai nas minhas mãos raízes aéreas, cipós, troncos de bananeira, mantas de coqueiro, penas de pavão, de galinha de angola... Tudo o que eu abandonei pra trabalhar as mandalas táteis, cheias de relevos e cristais! Como não estava achando cristais como eu quero, resolvi dar um tempinho nesse projeto, guardá-lo num lençinho de seda perfumado e me dedicar um pouco, com muito carinho, ao projeto de meu marido: Chalés à beira-mar na ilha de Itaparica!

Sei que este lugar aqui tem me levado a muita reflexão, afinal cheguei aos 50 anos, penso que seja um marco na vida de qualquer mulher. Começam a aparecer os sinais e junto vem a maturidade mais leve, mais serena!
Nunca pensei que chegaria aqui com tanta vontade!!! Vontade de tudo! De viver mais! De viver melhor! Curtir mais minha filha e meu marido, a família. mas enfim... não foi isso que quis registrar aqui inicialmente.

Tenho pensado muito, devido a tanto cipó que vejo por aqui, em FILTROS DOS SONHOS!
Mandalas com filtros dos sonhos!!! Aí a mente viaja solta! A criatividade borbulha!!!
É uma nova experiência! Se fala muito em consciência energética, coisa que vem fazendo muito sentido pra mim, ultimamente aqui!
Mas desde que ouvi falar desse filtro a história era relacionada com sonhos e pesadelos!

De qualquer forma, algo me diz que as próximas mandalas terão algo a haver com esse assunto. Vamos aguardar.

Seguem dois textos interessantes sobre a origem dos Filtros dos Sonhos da Internet.



É uma mandala, criada pelos índios, que serve para bloquear as energias negativas.

No Brasil, os xavantes e os tupis fazem esse filtro.
O princípio é uma teia. Para os índios, a aranha simboliza a vida: tudo é resolvido na teia, é onde ela trabalha, come e dorme. Quando alguém faz o filtro, está tecendo a vida de uma pessoa.
O filtro não deve ser feito com um objetivo determinado, como arrumar marido ou mudar de emprego. É feito para proteger das coisas negativas que vêm de fora e também das que estão dentro de cada um.

A mandala é formada por várias partes que têm um simbolismo:

- a parte de cima, um bambu com penas, trabalha a cabeça,
- a argola mexe com o corpo físico e a aura,
- a teia envolve o emocional,
- o que fica pendurado representa a energia que a pessoa está vivendo no momento.

As pedras colocadas no filtro têm uma conexão com a roda medicinal dos índios, que era montada com pedras. Cada uma faz uma conexão: uma ensina a ter clareza, outra limpa mágoas, outra trabalha a cura e outra lida com medos.

Cada filtro é único. Em 21 dias, ele filtra os bloqueios que impedem que se faça o que se deseja. Depois disso, funciona como uma mandala de proteção. Deve ficar perto da pessoa, no quarto, por exemplo. Deve ser colocado no sol para limpar o filtro das energias negativas.
Quando a teia se rompe, ela deve ser jogada fora, ou em água corrente ou queimada.

Existem várias lendas que explicam como o filtro surgiu. Uma das mais aceitas é a versão dos índios hoppis, do Arizona (EUA): duas tribos estavam em guerra e as crianças não conseguiam dormir. O xamã da tribo tinha tentado de tudo, mas não conseguia resolver o problema. Rezou para a "mãe búfala", que o orientou a fazer um círculo com um galho de árvore e a pedir para uma aranha trançar uma teia dentro. Depois disso, ele deveria pendurar penas e sementes e colocar onde as crianças estavam. Elas passaram a dormir bem e o símbolo passou a ser usado como amuleto de proteção.

Quem deu mais explicações sobre o assunto foi Nadirce Araújo Manse.


FILTRO DOS SONHOS
DREAM CATCHERS

O filtro ou teia dos sonhos é uma mandala de cura de origem nativa norte-americana. O Tempo dos Sonhos é influenciado por boas e más energias. A função do filtro dos sonhos é a de afastar as energias intrusas e incorretas que, presas na teia, dissipam-se com os primeiros raios de sol. O Aro do filtro é a roda da vida, e a teia que tecemos são nossos sonhos, não somente os sonhos que temos quando em contato com o Tempo do Sonho, mas também de nossa alma, e o mundo de energia em movimento com o qual lidamos no nosso dia-a-dia.
O centro da teia é o vazio,o espírito criador,o grande Mistério. Devemos lembrar que os filtros não são objetos decorativos, eles são instrumentos de poder, são medicinas xamânicas. Existem vários tipos de teia. Os Chippewa utilizam uma teia muito similar a da aranha, em espiral sendo que sua sustentação está em 8 fios que correspondem às 8 direções sagradas. Já os Cherokees, trabalham com um filtro mais simples, onde há apenas uma pedra no centro da teia, e uma única pena pendendo sobre eles. Cada tribo tem de uma maneira própria de confeccionar esta medicina. Estas medicinas podem ser carregadas com um propósito, que é ativado ao construir o filtro. É quando colocamos nosso espírito e nossa energia transformando-o em um instrumento de poder. Podemos associar mais de uma medicina ao filtro, como a roda de cura, por exemplo. Os filtros também podem ser confeccionados utilizando-se de alguma cor específica, ou mesmo as cores consideradas sagradas por algumas tribos de índios norte-americanos como o AMARELO-LESTE, VERMELHO-SUL, PRETO-OESTE, BRANCO-NORTE.

Um comentário:

  1. Nossa ,,,,estou encantada.Nao consigo parar de ler,,,e descobrir maravilhas. Amei,,tudo de bom,obrigado por me fazer mais FELIZ.

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